BERNARDO MELLO FRANCO na Folha.com
Pela primeira vez na corrida presidencial, a pré-candidata do PV, Marina Silva, atacou a gestão de Carlos Minc, seu sucessor no Ministério do Meio Ambiente e colaborador do plano de governo de Dilma Rousseff (PT).
Ela disse que a flexibilização do licenciamento ambiental, vendida como avanço por Minc e elogiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teria rendido uma série de processos contra o ex-presidente do Ibama Roberto Messias.
"Quando saí, não tinha nenhum processo na Justiça. O presidente do Ibama da gestão do Minc acaba de sair com 17 processos. Por quê? Porque começaram com essa história de flexibilizar os processos de licenciamento", afirmou Marina, em entrevista à rádio Bandnews.
"Devemos agilizar os empreendimentos, mas flexibilizar as regras de forma anti-republicana não pode", acrescentou, sem citar casos concretos.
Procurado pela Folha, o ex-ministro rebateu a crítica: "Essas ações têm sido derrubadas. O licenciamento da BR-163, na gestão dela, não foi cuidadoso e aumentou o desmatamento na região".
Na entrevista, Marina também comemorou a prisão de assessores do ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi (PR), aliado de Lula e um dos pivôs de sua saída do ministério.
"Dois anos se passaram e agora a PF mostra que eu estava correta. Ele fazia um discurso pseudoambientalista, mas na prática estava destruindo florestas", acusou
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