ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, desconsiderou o ranking da Aeronáutica em que o caça sueco Gripen NG ficou em primeiro lugar para renovar a frota da FAB e mandou de volta aos militares um relatório sucinto desqualificando as possibilidades de transferência de tecnologia tanto do caça sueco quanto do norte-americano F-18 e afunilando a escolha para o francês Rafale.
A base da justificativa do ministro, conforme a Folha antecipou em 4 de fevereiro, é que o F-18 é americano e o Gripen NG tem componentes dos EUA, como o motor, e ambos deixariam o Brasil vulnerável. Os EUA, que têm regras peculiares de transferência de tecnologia, já impediram a Embraer de vender os aviões Super Tucano à Venezuela por terem peças americanas.
Argumentando que a avaliação de Jobim foi a partir de informações objetivas pinçadas do próprio relatório da FAB, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, respondeu anteontem ao ministro que o Alto Comando (integrado pelos brigadeiros de mais alta patente) não tinha nada a opor. Com isso, Jobim tem o caminho livre para finalmente anunciar o caça francês, o último no ranking oficial da Aeronáutica. O pacote do Rafale deve ficar em cerca de R$ 18 bilhões. Assinante Folha /Uol leia íntegra na Folha de São Paulo
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